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Fronteiriço de Santana do Livramento (RS), Pozzobon nasceu em 1955. Formou-se em filosofia, enveredou pela antropologia no final dos anos 70, cruzou o país e foi pesquisar o contato entre índios e brancos no alto Rio Negro, extremo noroeste da Amazônia brasileira, num cenário de fronteira geopolítica trinacional (Brasil/Colômbia/Venezuela), onde vivem 23 etnias nativas.<br />
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Nesta babel, Jorge fez a escolha radical de trabalhar com os Maku, um povo seminômade de agricultores-caçadores-coletores, de língua ágrafa, que vive nos matos dos interflúvios, discriminados e subordinados pelos “índios dos rios”. Foram 20 anos, muitas andanças, conversas, registros escritos e o aprendizado da língua Hupdâ, uma das variantes Maku, que lhe valeram ser tratado por eles como Yossi (corruptela de Jorge) Deh-Naw (do “clã” da água boa, versão do significado do seu sobrenome).<br />
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Em 1982 conheceu Nyaam Hi, figura dersuzalática, que se tornaria seu grande amigo. Com ele aprendeu o estado de espírito adequado para andar no mato. Em 1997, em sua companhia, atravessou o divisor de águas entre os rios Tiquié e Papuri, para visitar aldeias Hupda, andarilhando o chavascal e levando às costas mapas com os limites da demarcação das terras indígenas, finalmente reconhecidas pelo governo federal brasileiro.<br />
1955-2001<br />
Fonte ISA<br />
Foto Paulo Santos
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