O Governo do Estado do Pará e a Prefeitura Municipal de Belém estão em parceria para dar assistência aos 72 indígenas da etnia Warao, que migraram para a capital paraense vindos da Venezuela. Os indígenas estão sendo acolhidos no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, nas dependências do ProPaz, em salas amplas e arejadas que estão foram adaptadas para esse fim.
A ação conjunta é coordenada pelas Secretarias de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e de Esporte e Lazer (Seel) e pela Fundação ProPaz e Prefeitura Municipal de Belém. Segundo a titular da Seaster, Ana Cunha, em agosto 15 indígenas solicitaram assistência ao governo e foram recebidos.
Devido à recente crise econômica no país sul-americano e a falta de políticas públicas de saúde e de assistência social direcionadas aos povos indígenas venezuelanos, os índios da etnia Warao, provenientes da região do delta do Orinoco, iniciaram fluxo migratório para o Brasil como uma alternativa viável de sobrevivência.
Ana Cunha ressalta que a migração para o Brasil se iniciou em 2014, através dos estados de Roraima e do Amazonas, de onde partem da capital, Manaus (AM), para Belém. Segundo dados repassados pelo Consulado Venezuelano, 72 indígenas estão em Belém, incluindo os acolhidos em unidades institucionais do Estado, dos quais muitos são crianças.
O deslocamento para a capital paraense, segundo o representante do grupo, o cacique Renool, foi motivado pelas dificuldades enfrentadas em Manaus, pela grande concentração de pessoas entre índios e não índios. Em território brasileiro, instalam-se em condições precárias ou inexistentes de moradia, sem apoio familiar e em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social.
“O governo está mobilizando esforços para destinar um espaço exclusivo para implantação do serviço de assistência social que propicie espaço estrutural com alimentação adequada, água